As variadas formas, as diferentes cores, os inumeráveis perfumes existentes na natureza, são dádivas a presentear aquele que contempla, observa e ama o que à sua volta existe.” Teresa de Calcutá

Leis Naturais e Imutáveis – A evolução – Por Fernando Faria

Numa nova cosmovisão racional de Luiz Mattos, o Universo não se originou de uma criação mística, nem agnóstica, nem materialista. Ele justificou o Universo pela existência dos princípios Força e Matéria.


A Força não é divina. Através das Leis Naturais e Imutáveis, ela se manifesta em tudo que tem vida. A Matéria é qualquer substância sólida, líquida ou gasosa que ocupa lugar no espaço.

De acordo com as Leis Naturais e Imutáveis que regem o Universo, um espírito do Astral Superior, como Jesus Cristo, não tem condições de se manifestar no planeta Terra, sem o apoio de uma forte corrente fluídica, formada por dezenas de médiuns de moral ilibada, honrados e cumpridores do dever.

A Ciência Espírita afirma que essa matriz é o corpo astral do espírito reencarnante, que age residindo a formação das células e distribuindo-as, obedecendo às leis naturais e imutáveis.

Então, a Partícula da Inteligência Universal, na ocasião em que estava evoluindo no reino mineral, aprendeu, quando estava sujeita às leis de formação dos cristais, o que era atração e o que era afinidade. Passando para o reino vegetal, desenvolveu a sensação. Terminada esta fase, passou para o reino animal, onde através do instinto natural começou a desenvolver a sensibilidade e a inteligência, transformando gradativamente toda a atividade nervosa em vida psíquica.

A Ciência Espírita explica que, durante as fases em que as Partículas da Inteligência Universal vivenciaram a afinidade no mineral, a sensação no vegetal e o instinto no animal ocorreram o crescimento da consciência da criatura, transformando toda a atividade nervosa em pensamento contínuo, em vida psíquica, formando um corpo mental.

Portanto, as Partículas da Inteligência Universal que, em obediência às leis naturais e imutáveis, animam e movimentam os diversos reinos da natureza, estabelecem a vida em todos os seres, a qual se inicia na pedra, indo para os metais, depois para os vegetais, os animais e o homem, seguindo em constante ascensão para a luz, para a sua fonte de origem, que é o Grande Foco, incitador de tudo que existe.

Assim, vão essas partículas passando por todos os corpos dos reinos da natureza em evolução, em constante purificação, e assim cada vez mais, aumentando sua luz, sua força, para o cumprimento do dever, que é confundir-se com a Grande Luz, de onde partiram para este e outros planetas.

Desta forma, é claro que, quando essas partículas chegarem a organizar, incitar e movimentar corpos humanos, já realizou grande progresso e fazem parte das forças de categoria verdadeiramente racional e, como tais, com inteira responsabilidade de seus atos e pensamentos que as fazem conduzir-se neste mundo como melhor lhes pareça, sem que para os seus atos reprováveis possa haver desculpas, considerações e muito menos perdão pela prática de atos que prejudiquem o próximo. Eles são, portanto, racionais, consequentemente responsáveis por tudo que possa acontecer de mau.

Vimos que os sentidos físicos como o tato, a visão, o paladar, o olfato e a audição foram desenvolvidos quando a Partícula da Inteligência Universal peregrinou pelos diferentes reinos da natureza.

Em seguida, quando a criatura já se encontrava encarnada como homem, possuindo um corpo mental bem desenvolvido, através de inúmeras experiências, com ensaios e erros ao longo das vidas sucessivas, outros atributos foram também sendo desenvolvido, como a razão de ser, o entendimento, a lógica, o juízo, o propósito, o objetivo e, por fim, já em estágio bem adiantado, a concentração e o pensamento.

A criatura, tendo conquistado a capacidade de pensar, inicia o desenvolvimento dos atributos morais do espírito, os quais, quando vivenciados no dia-a-dia, proporcionam uma conduta cujo resultado é usufruir de uma felicidade relativa.

Os atributos morais do espírito são os seguintes: firmeza de caráter, honradez, equilíbrio mental, domínio de si mesmo, disciplina, percepção, concepção e capacidade de trabalho.

O Espírito, também através da sua peregrinação evolutiva, já com milhares de reencarnações, desenvolve também uma faculdade chamada mediunidade intuitiva, que seria uma espécie de sexto sentido, capaz de perceber o que aos outros escapa. A potência dessa mediunidade varia de indivíduo para indivíduo. Portanto, em nosso atual estado evolutivo, somos todos médiuns.

Pode-se também acrescentar que o homem surgiu neste mundo como resultado da evolução dos animais que o precederam.

E, apesar do adiantamento atual do planeta, a marcha evolutiva nos três reinos da natureza (mineral, vegetal e animal) prossegue sem qualquer interrupção ou alteração. As condições para evoluir dos que iniciam agora o seu progresso em corpo humano são mais favoráveis ao seu desenvolvimento mental.

Embora essas criaturas, iniciando a sua marcha evolutiva, possam ser consideradas muito mais evoluídas que os animais, de onde se originaram, são ainda desprovidos de razão, sendo suas vidas muito mais orientadas pelo instinto.

Assim, não é admissível que o “deus” que as seitas ensinam os povos semiletrados a adorar, sendo onipotente e soberanamente justo e bom, fosse criar um espírito mais atrasado do que outro e fizesse conscientemente o imbecil e o sábio, como justa maneira de proceder.

Desde quando foram escritos, há milhares de anos, até hoje, no Século das Luzes, os livros que compõem a Bíblia embevecem e atrofiam o raciocínio de milhões de espíritos adoradores. A revelação da vida, apresentada por este livro, é cheia de incoerências, absurdos e contradições, porque foram baseadas em sandices, intuídas por espíritos do Astral inferior (a.i. são espíritos quedados na atmosfera da terra) que se diziam profetas, atuando em médiuns confabuladores, desequilibrados, iguais a muitos que andam por aí, a explorar a crendice dos adoradores, de onde auferem grandes lucros, explorando a ingenuidade dos ignorantes.

A compreensão e o conhecimento das coisas são frutos da evolução do Espírito, e muitos dos que hoje estão encarnados já consideram a vida sob um aspecto que mais se aproxima da Verdade.

O desconhecimento da Lei da Evolução provoca na humanidade profundos desentendimentos, os quais geram muitas tragédias, muitos males, muitas desgraças, inclusive o ódio, as guerras, a miséria e a fome.

A humanidade, vítima do dogma da salvação, ensinado pelas religiões adoradoras, induz a criatura encarnada ao comodismo, que impede o trabalho, o esforço, a luta para evoluir e toma o progresso material como um mal, acreditando que poderão melhorar de vida com a proteção das supostas divindades, ou espíritos protetores, confiando na “graça” e nos “favores do céu” para saírem-se bem na vida.

Vivemos para cumprir a Lei da Evolução. A Evolução tem que ser operada a qualquer custo. Assim o impõem as Leis Naturais e Imutáveis que regem o Universo. E estas são indiferentes ao tolo pretencionismo dos que pensam poder iludi-las ou anulá-las.

Para não sofrer, o ser humano deve fugir de extravagâncias, adotando as regras do bom senso comum em atos e palavras, e não se desviar do que preceituam as leis naturais e imutáveis da Vida, procurando entendê-las e cumpri-las.

Cada ser humano deverá ter sempre presente que a Força, a Inteligência Universal, que os diversos povos da Terra denominam Deus, e que o Racionalismo afirma ser o Grande Foco, não tem forma, é a Grande Luz Universal que compõe o Universo, a qual envolve as galáxias e respectivos planetas, regendo-os com as suas Leis naturais e imutáveis, não interferindo no livre-arbítrio das criaturas.

Leis Naturais e Imutáveis - A Evolução
Por Fernando Faria

Fonte: Livro A Chave da Sabedoria